sexta-feira, 30 de novembro de 2007


"When I'm losing my control; my head just spins around you're the only one who knows how to slow it down..."


Era assim que eu queria ser para ti. Queria que encontrasses em mim o teu refugio, a tua razão para continuar.

As vezes queria que me abrisses o jogo e contasses tudo, sem rodeios...o que se passa no teu coração?


Aí eu dirte-ia o que se passa no meu...: Está vazio, mas sinto um peso no seu lugar. Acelera quando oiço o teu nome, passeio por locais que habitualmente frequentas ou quando estou com os teus amigos.


Tenho saudades da tua voz..e ainda hoje a ouvi... Quero.te, quero estar contigo... Quero ter.te novamente nos meus braços...


Aqui podes descansar...

Nada é por já ter acontecido. Tudo é por valer a pena acontecer



As despedidas nunca são fáceis. Sentimos que faltou sempre uma ou outra palavra, ou algum gesto que se perdeu no espaço. Sinto a tua falta todos os dias da minha vida. Sonho contigo e continuo a inventar-te ao meu lado porque te quero sentir perto, mesmo já tu não estando aqui. Torço por ti em todos os momentos. Porque mereces, porque precisas, e porque acredito que talvez isso te traga, de novo, até mim.

Dentro de mim guardo a esperança que um dia voltes.



"I can set you straight if you let me stay

I can show you the way

And make you happy today"

quinta-feira, 29 de novembro de 2007



- Voltas?
- Não sei...
- Talvez quando tudo tiver mais calmo...
- Quem sabe

“Love is always patient and kind; it is never jealous, love is never boastful or conceited; it is never rude or selfish; it does not take offense, and is not resentful. Love takes no pleasure in other people’s sins but delights in the truth; it is always ready to excuse, to trust, to hope, and to endure whatever comes. Love does not come to an end.”


E eu espero..

Ao acordar, lembrei-me da noite que não tinha dormido...




"Acordava todos os dias, a esticar os braços e a procurá-lo na almofada, as mãos a perfurarem o espaço para lhe fazer o carinho habitual.
Esquecia-se. Como num ritual, esquecia-se todos os dias que o corpo dele já ali não estava, que o frio do lençol era a resposta diária aos seus movimentos.
O mesmo se passava pela casa toda, pelos dias que corriam e ela sempre num estado de semi-inconsciência, que outra coisa se podia chamar aquela incapacidade de aceitar que ele partira para sempre?
Muitas vezes, quando caminhava na rua, o frio a bater-lhe no rosto, como agora, nestes dias em que o Natal se aproximava e a cidade cobria-se de cores, falava sozinha pelo passeio, como se o tivesse a seu lado e ambos, naquelas conversas que mantinham ao longo dos anos, pontuadas pelo pormenor de cada um acabar as frases do outro, como se efectivamente ele ali estivesse.
Contudo, perante os outros, mantinha a sua postura, embora a névoa que lhe cobria o rosto fosse indisfarçável, tentava que ninguém tivesse pena dela e, principalmente, que ninguém referisse o nome dele.
Ele que tinha partido para sempre era grande de mais para pequenas conversas de circunstância.
E, assim, mantinha-se viva, vivendo com a sua ausência, numa dor que era um misto de surpresa e uma força tenaz de ignorar a realidade.
O amor não morre. E quem o disser não sabe do que fala."


Luisa Castel-Branco